Dias atrás assistindo a sessão da
Câmara, on line, um nobre edil foi
até a tribuna e, de forma voraz e insistente, discutiu e defendeu sobre a
importância dos shows para o nosso município. Achei cômico, se não fosse
trágico, quando ferozmente, o edil rugiu, como se fosse o rei da selva, de que
nós, pagadores de impostos e fiscais do dinheiro público, somos conspiradores e
que utilizamos sites de
relacionamento para negar toda e qualquer melhoria da atual administração, mais
precisamente, os shows.
No momento fiquei chocada com aquelas
palavras, mas partindo do nobre edil, não dei tanta importância, pois tenho
plena convicção de que estou exercendo a minha função de cidadã e nada tenho a
temer.
Mas, voltando ao substantivo
conspiração, o que me deixou pensativa sobre a encenação do edil e que me fez
refletir sobre o comportamento humano é de como pode um vereador, eleito pelo
povo e para o povo, com aproximadamente 800 votos, para fiscalizar o dinheiro
público e legislar, comparar um ato democrático com conspiração e negação? Quer
dizer que agora deveremos defender os rodeios e shows para alegrar a nobreza?
Será que é isso o que eles querem, que façamos papel de bobo da corte?
Nobres, entendam, queremos respeito
por parte do reinado, não somos àqueles idiotas e hipócritas que, dizem amém a
tudo, só porque ocupam cargos de confiança na prefeitura. Também não
conspiramos e negamos por motivos políticos, como expliquei, os senhores estão
mexendo no meu bolso, e fico furiosa quando o, pouco que tenho, não é bem
investido.