Imagine a cena: você está se preparando para
uma noite de diversão com os amigos e capricha no visual, escolhendo cada peça
que combina com seu estilo. Opta por uma blusinha florida, toda colorida, uma
calça preta, brincos de argola médios, e um scarpin preto. De repente, surge a
crítica mais severa que existe — e olha que ela nem foi convidada! A voz do
subconsciente, que deveria estar de plantão cuidando dos sonhos e das memórias
esquecidas, resolve se meter na moda.
— Olha que modelito chamativo, é assim que você
quer se apresentar na festa? — zomba a vozinha interior.
Com a autoestima que estava lá no alto, tipo um
arranha-céu, você a vê despencar como um elevador sem freio. Mas você não
desiste fácil; é uma guerreira da moda!
— Estou me sentindo uma diva, maravilhosa, e
ninguém vai me convencer do contrário! — você retruca, se olhando no espelho.
— Maravilhosa ou cafona? Tudo bem que você
gosta de se destacar, mas esse seu estilo superou qualquer carnavalesco —
continua zombando a voz interior.
Dominada pela autocrítica, você começa a se
autoanalisar em frente ao espelho e, com um ar de quem já perdeu, resolve
trocar de roupa: coloca uma, tira outra. E se fosse com essa? Ou aquela? Você
começa a girar diante do espelho, buscando ângulos onde só um subconsciente
imaginativo poderia ver defeitos.
— Que tal vestir algo mais sóbrio? Quem sabe um
pretinho básico que nunca faz feio? — insiste a voz severa.
Você cede, coloca uma blusinha preta, um
acessório mais discreto e dá uma última olhada. Ainda não é a mesma coisa, mas
a vozinha já está satisfeita: — Assim está ótimo! Agora você vai arrasar na
passarela da vida real!
Após esse embate interno, você sente que a
energia para a noite já não é a mesma. Com um sorriso que tenta disfarçar a
frustração, você alcança o telefone e faz a ligação que preferia evitar: — Oi,
amiga, sobre o nosso programa de hoje... Acho que vou precisar remarcar. Acabei
me envolvendo numa sessão de autoanálise fashion bem intensa aqui, e agora
preciso de um tempo para reavaliar meu estilo e meu ânimo. Que tal a gente se
encontrar quando eu estiver pronta para brilhar de novo?
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