Total de visualizações de página

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A ALEGRIA DE UNS É A TRISTEZA DE OUTROS

            É, impressionante como os políticos e os meios de comunicação adoram quando alguma tragédia acontece. Brigam o tempo todo para alcançar a audiência, discutem sobre as mortes, as armas, mostram, explicitamente, os corpos ensanguentados como se fosse algo simples e comum de se apreciar. No caso do Realengo, as atitudes da mídia e dos políticos não podiam ser diferentes. Usaram e abusaram daquele que, um dia serviu como chacota na escola após colocarem sua cabeça dentro de um vaso sanitário e deram a descarga. Mostraram suas fragilidades, seu comportamento anormal, suas vestimentas escuras, e sua exclusão perante a sociedade. Levantaram todo o problema que, certamente algum educador já havia percebido e, devido à falta de estrutura educacional, nada pode fazer. E as crianças assassinadas, certamente, suas histórias serão assistidas por milhares de pessoas nos cinemas e, até mesmo quem sabe, concorrer a algum prêmio no exterior.
E os políticos oportunistas então, utilizam de muito óleo de peroba, para consolar as vítimas e aproveitar a fragilidade dos familiares para fazer suas políticas baratas e inescrupulosas e, dependendo do falecido, ainda colocam seus nomes em ruas, pontes, escolas, praças e até mesmo erguem estátuas, e sempre almejando votos e mais votos. E para dar mais uma apimentada, ainda colocaram em suas pautas o plebiscito sobre o desarmamento como se tivessem, agora, achado uma fórmula mágica para os problemas sociais do país.
E, a vida é como ela é. A mídia brigando por ibopes, os políticos brigando por votos e nós, brigando por um lugar na sociedade. Enquanto isso, os mais frágeis, conhecidos por Wellingtons, utilizam de armas de fogo e matam inocentes como se fosse um grito de misericórdia, chamando assim a atenção daqueles que, escolheram a ofensa e o preconceito para atingir um coração que só queria amor e carinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário