Total de visualizações de página

segunda-feira, 11 de abril de 2011

VOCÊ TAMBÉM CONHECE UM WELLINGTON?

            “Um dia o pessoal da escola botou a cabeça dele no vaso sanitário e puxou a descarga”. Não sei se vocês assistiram essa reportagem, mas esse menino em que o amigo está falando é o matador de Realengo: Wellington de Oliveira que matou 12 alunos pré - adolescentes em uma escola no Rio de Janeiro.
            Foi um fato pra lá de triste, pois jamais tínhamos assistido um crime tão bárbaro em nosso país. Acontece que, somente quando ocorre uma fatalidade deste nível é que os políticos enxergam que, alguma coisa precisa ser feita para melhorar. Estamos envolvidos por leis toscas, repletas de brechas que permite ludibriar e encontrar saídas, para qualquer crime, que aconteça nesse país, principalmente, se o autor for rico e bem sucedido. Envolvidos emocionalmente, os políticos agem e falam com muita clareza que, realmente, existe alguma coisa errada nas leis, mas nada farão para mudar.
            Culpo as falhas das nossas leis, mas também culpo profissionais na área da educação que, acompanharam o garoto assassino, viam a falta de respeito por parte dos amigos e nenhuma providência tomaram para reverter a situação. Sei que, alguns professores, ao lerem essa crônica falarão “ela fala isso porque não conhece as nossas dificuldades”. E eu respondo: “Não conheço a fundo o problema do sistema, mas como seres humanos temos a obrigação de ajudar aquele que necessita de orientação e, tentar, fazer algo para mudar. Nada fizeram por ele, mas ele fez. Matou 12 crianças e deixou os familiares com corações dilacerados que, em hipótese alguma, o tempo amenizará as dores e as saudades.
            Mas, quantos Wellingtons existem nas escolas e são vítimas, diariamente, de chacotas e deboches?Quantos professores conhecem, pelo menos, um Wellington e nada fazem para ajudá-lo? Pois é, é bem mais fácil ignorar, estes Wellingtons, do que estender a mão. Vai que ele, realmente, tenha algum problema, não é mesmo?
            De maneira alguma aprovo a atitude do: monstro, animal, doido, louco, (termos usados pela população) do ato que ele executou, pois não temos o direito de tirar a vida de ninguém, mas creio que será preciso rever o conceito da educação e da política do nosso país. Não podemos dar as costas a alunos que, assim como Wellington, tentam chamar a atenção de alguém com suas vestimentas diferentes, seu jeito calado, seu olhar triste e seu comportamento anormal. Precisamos exigir dos órgãos públicos profissionais preparados para enxergar e curar os problemas causados pela falta de estrutura familiar e pela falta de Deus no coração. Pais, prestem mais atenção em seus filhos; professores, prestem mais atenção em seus alunos. Um simples ato de carinho poderá evitar várias mortes.
Pensem nisso!

Um comentário:

  1. è Sil, a educação constroi e destroi...
    o que podemos fazer em nosso bairro para o bulling não ser a moda. Hoje encontrei o Edson que mora sozinho na Benedito, e ela estava só com um saco nas costas com algumas roupas e uma panela...então perguntei vc está na sua casa? pois achei estranho osaco... e ele me respondeu que colocaram fogo lá... depois no ponto diziam que não se sabe quem fez isso, uns dizem que foi ele mesmo (coisa que não acredito) ele tem os problemas dele mas não faria isso, ele ama a casinha dele... enfim é mais serio que o bulling que fazem com ele no dia a dia, tenho conversado com as crianças para respeita-lo, e que ele não faz mal a ninguém... sei que alguém arrumou uma casa lá no meio do mato para ele ir ficando... e que a policia veio e fez BO, e ele disse que não deu em nada e ele agora está sem casa... é por ai que vemos e sabemos das coisas....e eu como sempre dei dois reais para ele comprar pão... o que posso fazer? aonde estão as assistentes sociais, as psicologas e psiquiatras... bjs

    ResponderExcluir